Com o preço da gasolina aumentando, uma das alternativas política e ecologicamente corretas é aproveitar o investimento em pesquisa e desenvolvimento feito pelas grandes empresas de pneus e investir nos chamados “pneus verdes”. Fabricados com materiais e métodos diferenciados, esse tipo de pneu tem menor resistência ao solo, reduzindo o consumo de combustível e emissão de CO2 na atmosfera.
Devido ao atrito contra o asfalto e a uma maior ou menor aderência, os pneus são responsáveis pelo consumo de até 20% do combustível do carro. Pensando nisso, empresas como Michelin, Pirelli e Continental desenvolveram tecnologias aplicadas nos pneus para diminuir essa resistência no rolamento e promover uma redução de até 6% no consumo de combustível.
Como funcionam
Os chamados “pneus verdes” possuem uma tecnologia desenvolvida para aperfeiçoar a resistência no rolamento. Novos materiais, como a sílica, foram inseridos nas rodas e toda estrutura foi renovada. “Todo o pneu foi planejado para ser mais econômico, desde sua estrutura até sua parte interna, carcaça, tudo que colaborasse para gerar menos ruído e melhor perfomance”, afirma Rodrigo de Souza Walger, consultor técnico comercial da Pirelli. Ele complementa: “Até os fios de nylon da carcaça foram alterados para que o pneu se deforme menos e, consequentemente, gaste menos combustível”.
Outra empresa que também está investindo na tecnologia verde é a Continental. Com a linha chamada de ContiPowerContact, a empresa investiu em ampliação na aderência do pneu com o solo, empregando sílica e polímeros de cadeias longas que reduzem a temperatura do pneu, o que proporciona uma menor absorção de energia em forma de calor, garantindo maior quilometragem, menor consumo de combustível e menores taxas de emissão de CO2.
A economia de combustível é garantida por uma simples equação: com menor resistência ao rolamento, o carro precisa acelerar menos para atingir a mesma velocidade que atingiria com um pneu comum, gastando menos combustível.
Economia e sustentabilidade
Outra grande vantagem dos chamados “pneus verdes” é seu apelo ecológico. “A indústria automobilística tem uma meta de reduzir a emissão de CO2 e vem investindo em carros mais leves com consumo racional de combustível. Com pneus dessa tecnologia, prevemos uma redução na emissão desses gases de até 10 g por quilômetro rodado” afirma Walger.
Em termos de custo, os preços dos “pneus verdes” oscilam entre 3 e 5% a mais que dos pneus tradicionais. De acordo com os fabricantes, essa diferença acaba sendo absorvida pela economia de combustível feita em 40 dias de uso. Os pneus já podem ser encontrados nas principais revendas de todo o país.
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