quarta-feira, 26 de março de 2014

Série Mulheres na Moto:

 Sapatos

Mulheres e os sapatos de salto alto têm uma relação de amor e ódio. Algumas não vivem sem, enquanto outras preferem passar bem longe desse tipo de calçado. Entretanto, quando se fala em dirigir motocicletas, essa não deve ser a primeira opção de escolha, nem a última.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), tanto motoristas quanto motociclistas devem usar sapatos que fiquem firmes nos pés e que não comprometam o uso de pedais. A utilização de outros calçados é uma infração média e a penalidade é multa. São quatro pontos na carteira e o condutor deve pagar R$ 85,13.
A indicação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) é que a motociclista deve estar com os pés paralelos ao solo, com o salto do sapato encaixado nas pedaleiras e a ponta do pé direito sobre o pedal do freio traseiro.
Na hora de escolher
Vai definir o sapato a ser usado? Não se esqueça dessas recomendações:
  • Sapato firme e que prenda no calcanhar. Por isso, rasteirinhas e chinelos estão proibidos;
  • Confira se o calçado não se enrosca nas alavancas. Lembre-se que a troca de marchas e o freio traseiro estão nos pedais;
  • Deu uma desequilibrada? Veja se o sapato não atrapalha na hora das paradas.
Mais segurança
Em lojas especializadas em acessórios para motociclistas, o sapato da vez são as botas. Mais seguras, elas protegem e dão mais firmeza no pé. Na necessidade de colocar o pé no chão, ela também dá mais segurança ao condutor.
Prefira as semi-impermeáveis, que permitem a ventilação e evaporação do suor. Os calçados impermeáveis são feitos normalmente de borracha e trazem desconforto em dias quentes. A falta de calçados adequados pode causar acidentes ou até mesmo lesões sérias.

Capacete é item indispensável

Moto também é veículo de mulher. Segundo dados da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), elas já são 25% do mercado consumidor. Por isso, o Dicas Auto/RE começa uma série especial que vai discutir a segurança nas motos para as mulheres, começando com o capacete.
Aumento nas estatísticas
De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de habilitações de mulheres na categoria A tem aumentado. Em 2008, elas eram mais de 2,5 milhões e, três anos depois, em 2011, elas atingiram 3,6 milhões de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) para motos.
Entretanto, esse aumento também aconteceu com o número de mortes no trânsito. O Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS) revela que, de 1996 a 2010, a quantidade de vítimas fatais do sexo feminino em acidentes com motocicletas cresceu 16 vezes, enquanto o número de homens que morreram nesses acidentes aumentou 13 vezes no mesmo período.
O capacete é um item que não pode faltar para qualquer pessoa que possui uma moto. “Está comprovado que a maior incidência de pancadas em um acidente de moto ocorre na cabeça, logo, o capacete é um item indispensável em termos de segurança, pois tem a função de proteger uma das partes mais vitais do corpo, evitando traumatismos e outras lesões”, explica o diretor de uma empresa de moto peças, Marlon Bonilha.
Tipos de capacete
Não faltam jeitos para escolher o melhor equipamento de segurança. Muitos capacetes são feitos especialmente para o público feminino, com opções de cores e grafismos diferentes dos encontrados para homens. Entretanto, é importante lembrar que o modelo fechado, que protege também o maxilar, é o mais indicado, garantindo maior segurança graças a sua estrutura e resistência.
Nos locais de muito calor, Bonilha destaca que o capacete aberto, com boa parte do rosto exposto, é muito utilizado, desde que acompanhado de óculos de proteção. Há também o modelo híbrido, que tem a opção de deslocar a parte frontal, do queixo, para que ele fique parecido com a versão aberta.
Antes de comprar
Na hora de escolher o equipamento deve-se prová-lo para conferir se a medida está correta. Além disso, a compradora deve olhar a qualidade da viseira e se ela permite a máxima visão. “Também é importante olhar a data de fabricação e a validade indicada pelo fabricante, além do selo de certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)”, destaca o diretor.
O capacete deve ser trocado em caso de queda, pois podem ocorrer danos internos que a motociclista não percebe. Ele também deve ser substituído após três anos da data de fabricação, pois com o uso contínuo ele sofre alterações, como na altura das espumas que compõem o forro interno.

Roupa Ideal

Andar de moto com a roupa certa ajuda a proteger o condutor. Cada categoria pede uma roupa especial para amenizar os danos de uma queda ou acidente, mas é possível adequar segurança e estilo sobre duas rodas.
As de 125 cilindradas, mais utilizadas nas ruas da cidade, pedem uma proteção simples. Glemberg Silva de Oliveira, da área comercial de uma empresa de roupas para motociclista, explica que o ideal é a pessoa estar sempre de jaqueta de nylon impermeável.
“É importante que a roupa tenha proteções internas e que tenha sido testada em abrasão. O mesmo acontece com a calça, que geralmente tem a mesma composição da jaqueta”, explica. As calças também devem ser de tecido resistente e com boca estreita, evitando assim que os pés se prendam aos comandos.
As luvas também são de grande utilidade, pois trazem mais aderência às mãos, mas sem perder a sensibilidade. As jaquetas, preferivelmente, devem ser com zíper e punhos justos, o que facilita os movimentos.
Portanto, shorts, camisetas ou calças jeans devem ficar bem longe da motocicleta. “É inadmissível no meio do motociclismo um motorista andar sem o equipamento de segurança. Isso engloba o capacete e a roupa adequada”, destaca Oliveira.
Outras motos
Os veículos com mais cilindradas exigem ainda mais cuidados. As que passam de 300 e 500 cilindradas pedem o uso do couro. “Com a possibilidade de queda em maior velocidade, o couro arrasta mais e dessa forma não chega facilmente à pele do motociclista”, diz.
Já as motos de corrida, acima de mil cilindradas pedem macacões especiais. As proteções externas são feitas de titânio, que desliza mais facilmente no espaço, diminuindo os danos. Antigamente, Oliveira conta que essas peças eram feitas de plástico, mas elas se quebravam facilmente e podiam causar cortes nos motociclistas.

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