quinta-feira, 27 de março de 2014

Curiosidades sobre marchas + Câmbios!

Não conseguir engatar a marcha é muitas vezes considerado um erro de principiante. Porém, esse problema pode indicar falhas nessa peça do veículo. Entre os problemas mais comuns estão a quebra do cabo de embreagem, a necessidade de troca do fluido de embreagem, vazamento do óleo na caixa e até mesmo estrias no disco.
A dica da assessoria de imprensa de uma empresa mundial especializada em transmissões é fazer um teste para verificar o problema. Primeiro, puxe o freio de mão. Em marcha lenta, no máximo mil RPMs, pise no pedal da embreagem por quatro segundos. Em seguida, engate a marcha ré, que deve entrar sem dificuldades.
Sem tirar o pedal da embreagem, mova a alavanca do câmbio para as outras marchas, que também não devem apresentar ruídos ou dificuldades de engate. Caso, após essa tentativa, o motorista continue encontrando problemas para engatar a marcha, deve-se procurar uma oficina especializada.

Câmbio manual não dá trabalho

O câmbio manual dos carros raramente dá problemas e exige pouca manutenção. Mesmo assim, maus hábitos podem encurtar a vida útil do sistema mecânico de marchas. “A caixa dificilmente dá trabalho, mas alguns vícios comuns podem causar desgaste desnecessário”, diz Cláudio Lucas, engenheiro mecânico da oficina Auto César, no Rio de Janeiro.
O jornalista Bernardo Coimbra é um motorista que tem a mania de mudar precipitadamente as marchas de seu Fiat Uno Mille. “Não espero o carro ganhar velocidade para passar da primeira para a segunda”, admite. A pressa para mudar de marcha impõe mais carga e submete o conjunto a um esforço maior. “O prejuízo aparece a longo prazo”, alerta Cláudio. A troca constante e sem necessidade aumenta a corrosão das peças e, ao contrário do que muita gente pensa, não economiza combustível.
A demora em passar as marchas também pode ser prejudicial. “Esticar” muito a marcha força o motor a trabalhar em giro alto. O ideal é manter o equilíbrio. E mais: se o trambulador do câmbio estiver mal ajustado ou o sincronizador com defeito, as marchas podem arranhar durante o engate.
Outro erro é manter a mão apoiada na alavanca do câmbio enquanto dirige. O costume acelera a deterioração de algumas peças da transmissão e impõe um esforço ao câmbio para o qual ele não foi projetado. “Com o hábito, às vezes a mão escapole e sem querer a marcha vai para ponto morto”, conta Bernardo.
Vazamentos do óleo de câmbio também podem dar dor de cabeça. Sem o lubrificante, o engrenamento fica mais difícil, a transmissão começa a produzir ruídos e pode até quebrar. “O ideal é verificar o nível do óleo a cada seis meses”, recomenda Cláudio. 

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