sábado, 29 de março de 2014

Da serie "Cuidando do seu Pneu"

Calibragem como prevenção

A calibragem é parte importante para manter pneus e sistema de suspensão em dia. Por isso, ela deve ser feita semanalmente ou, no máximo, a cada quinze dias. O ideal é fazer no começo do dia, antes que os pneus estejam muito quentes. Dessa forma, o motorista terá menos problemas com a manutenção.
Segundo Luis Navega, gerente e engenheiro chefe do campo de provas da América Latina de uma empresa fabricante de pneus, se os pneus rodam com 30% a menos da pressão indicada, sua durabilidade diminui em 33%. Em geral, a vida útil é de 60 mil km.
O consumo de combustível também aumenta e causa diversos problemas em cadeia. “Com 8% a menos de pressão, o consumo aumenta em 10%. Isso também gera esforços adicionais em todo o sistema de direção e suspensão”, explica.
Mais libras
Navega também destaca que o valor indicado pelo fabricante para calibrar os pneus está geralmente afixado ou na porta dianteira do motorista ou na tampa de combustível. O manual do veículo também sempre contém essa informação.
Entretanto, ele destaca que o motorista deve ficar atento à quantidade de carga que leva. Se o carro estiver com muitas bagagens ou com capacidade total de pessoas, a quantidade de pressão nos pneus deve ser maior.

Manutenção do estepe é indispensável

Para evitar transtornos ao ter que substituir um pneu furado pelo estepe é muito importante acompanhar o estado do item – obrigatório nos veículos, segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Além disso, o pneu reserva só deve ser utilizado em situações de emergência.
De acordo com o consultor técnico da Mecânica DF (oficina conveniada da Bradesco Seguros), Hudson Lima, de Brasília (DF), pelo fato de o estepe normalmente ficar muito tempo parado e sem uso, é fundamental verificar se ele apresenta avarias, tais como borracha ressecada. “Se ele estiver desgastado não deve ser utilizado, pois corre o risco de estourar e o carro tende a puxar mais para o lado em que foi colocado”, alerta.
Estepe deve estar calibrado
Outra dica dada pelo consultor envolve a calibragem. “No caso do reserva, ele deve ser calibrado sempre com um número maior. Se os pneus usam 30 libras, o estepe tem que ter 35”, orienta. O especialista explica, ainda, que a troca do estepe deve ser realizada a cada quatro anos, mesmo sem ter sido utilizado.
Numeração do aro da roda
A numeração do aro da roda do estepe costuma ser diferente da dos demais. “Por esse motivo, o estepe só deve ser utilizado para conduzir o veículo até a oficina mais próxima ou um lugar seguro”, completa. Lembrando que se o procedimento não for respeitado, partes do veículo como a suspensão e o amortecedor podem ser muito prejudicadas.

Pecados contra o pneu

Manter os pneus em dia é uma condição primordial para o bom desempenho do automóvel e também para a segurança de seus ocupantes. Mas existem certas atitudes que são verdadeiros pecados contra o pneu: comprometem a eficiência e a boa direção. Saiba o que você deve evitar, o que não deve fazer nunca e mantenha seus pneus sempre em dia.
Calibragem correta
É preciso checar a pressão dos pneus e do estepe uma vez por semana. Se a calibragem não for precisa, a área de contato do pneu com o solo será irregular – o que irá acelerar o desgaste da borracha. De acordo com a Goodyear, eles devem ser calibrados sempre frios – o que garante uma maior precisão na pressão interna. E como saber a pressão correta? Isso é um item determinado pela montadora do veículo – confira o manual do proprietário.
Sulcos
Quando o pneu apresenta um desgaste maior do que o recomendado, corre o risco de estourar, o veículo fica instável (principalmente em pistas molhadas) e precisa de uma distância maior para frear. Para verificar o momento em que o pneu está gasto é simples: quando os sulcos apresentam uma profundidade menor que 1,6 mm é hora de trocá-los.
E não adianta “riscar” os pneus para aumentar a vida útil. Os pneus são projetados para serem utilizados até o limite do Tread Wear Indicator, que indica o desgaste da banda de rodagem. Ou seja, não são apenas os frisos que garantem a segurança e sim a borracha como um todo. Pneu desgastado não é seguro!
Outros cuidados
Além da troca de pneus sempre que necessário, é preciso que a geometria esteja em dia para garantir um consumo regular do pneu e evitar o desgaste prematuro. A suspensão deve estar em boas condições, bem como o alinhamento de acordo com as especificações do fabricante.
Segundo a Goodyear, qualquer alteração que ocorra nas especificações de alinhamento (seja por impacto, trepidação, compressão lateral ou desgaste dos componentes da suspensão) pode comprometer o bom comportamento do veículo ou provocar um desgaste irregular e prematuro da banda de rodagem. “Pneus que ‘cantam’ nas curvas e volantes que teimam em permanecer tortos nas retas podem ser sintomas de desalinhamento”, recomenda a empresa.
O rodízio de também é importante, porque permite um desgaste homogêneo dos quatro pneus. Ele deve ser feito a cada cinco mil quilômetros rodados.
Confira abaixo hábitos ao dirigir que evitam o desgaste excessivo dos pneus:
- Evite dirigir em alta velocidade. A alta velocidade propicia um flexionamento excessivo da carcaça, o que provoca um superaquecimento dos pneus, acelerando o desgaste da banda de rodagem.
- Não faça curvas em alta velocidade. Esse hábito força o arrasto dos pneus e origina um desgaste maior na área do ombro.
- Não arranque ou freie bruscamente. Essa prática favorece o aparecimento de um desgaste irregular e acelerado da banda de rodagem do pneu.
- Não suba ou desça das guias da calçada, em acostamentos ou outros desníveis com severidade. Esse hábito pode causar cortes e arrancamentos da banda de rodagem e quebras nos cordonéis da carcaça, resultando em separações e até estouros.
- Evite raspar os pneus no meio fio. O atrito violento ou repetido entre o costado do pneu (que é a área de flexionamento e a mais delgada da estrutura do pneu) e o meio-fio pode provocar separações e arrancamentos nessa área.

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