quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dicas Náuticas - Vela

Vela: uma paixão de pai para filho


A origem das embarcações à vela como meio de transporte remonta mais de cinco mil anos de história. O transporte era utilizado pelo homem primitivo, que o fabricava a partir de um tronco. A vela poderia ser confeccionada com juncos, bambus, pele de animais ou outros materiais retirados da natureza.

Entre os vários motivos, históricos e atuais, para o uso das embarcações está o lazer. O sentido moderno e esportivo de velejar nasceu na Holanda durante o século XVI. A marinha holandesa usava pequenos barcos para perseguir contrabandistas e piratas. Com o tempo, além de fazer a patrulha, essas embarcações eram usadas por diversão. E não demorou muito para se tornar um passatempo nacional.

Tradição em família

Com mais de 40 anos de experiência em vela, Gunther Weber, de 71 anos, acredita que o gosto pelas artes náuticas foi herdado do seu pai, que era engenheiro de bordo e trabalhava embarcado. “Então foi uma atividade que passou de pai para filho, pois eu ia até aos navios com meu pai e aprendi muito sobre navegação”, relembra o velejador.

Ele começou a velejar no ano de 1958 como arrais amador. E a partir de 1992 passou a trabalhar como capitão (skipper) de charters internacionais, que são as viagens fretadas com tripulação fechada entre o Caribe, Bahamas, Estados Unidos, Mediterrâneo, Pacifico Sul, Oceano Índico (Ilhas Seicheles) e Brasil.

Weber repassou seus conhecimentos e gostos por mar aos filhos que hoje também são velejadores e realizam diversas atividades náuticas. Ele lembra que os filhos começaram a navegar com ele nos finais de semana em atividades locais. “Nós velejávamos em família e ainda continuamos fazendo isso juntos”, afirma.

O experiente velejador afirma que, ao realizar qualquer atividade náutica, é necessário observar as regras de segurança e a legislação em vigor. No Brasil, o órgão que regula essas atividades é a Marinha que, por meio das Capitanias dos Portos, realiza cursos e exames de arrais de mar e mestre amador. É necessário tirar uma licença específica para a condução das embarcações à vela. Weber recomenda, para quem deseja iniciar na vela, a realização de um curso de iniciação, no qual serão ensinadas técnicas de navegação, leitura de cartas náuticas, uso de GPS e primeiros socorros.

Também é importante não esquecer os itens de segurança obrigatórios da embarcação, como coletes salva-vidas e sistemas de emergência e localização pessoal. “Sempre que possível, realizar cursos de capacitação e nivelamento e trocar informações com outros velejadores sobre os locais que deseja conhecer”, aconselha Weber. 

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