Com passagens aéreas compradas e roteiro de viagem definido, ser barrado no aeroporto e deportado de volta para o Brasil sem motivo algum parece pesadelo, mas pode ser real. Segundo dados da Agência Europeia de Controle de Fronteiras (Frontex), os brasileiros são os estrangeiros que mais tiveram a entrada recusada nos aeroportos da União Europeia no ano passado. Nesse período, foram 6.072 brasileiros, o que equivale a 12% do total de entradas recusadas no bloco. Ainda assim, o número é pequeno se comparado aos 2,2 milhões que saíram do Brasil para visitar o continente europeu no ano passado.
Para não correr o risco de ser mandado de volta, é preciso estar atento a alguns cuidados. Apesar dos países da União Europeia não exigirem visto de turista para períodos de até 90 dias, há algumas regras para permitir a entrada, como passaporte válido por no mínimo seis meses, passagens aéreas de ida e de volta e seguro-viagem. Alguns países exigem ainda a comprovação de uma reserva mínima de dinheiro para se manter no local.
“A decisão dos agentes de imigração é soberana e eles podem vetar o ingresso naquele país. Mas, dificilmente, o viajante que levar toda a documentação recomendada será deportado”, afirma Luiz Fernando Destro, presidente da Comissão Europeia de Turismo (CET). “O grande interesse da Europa é receber os turistas brasileiros, não espantá-los”, completa.
Vínculos com o Brasil
Além dos requisitos exigidos, vale levar outros documentos que comprovem seu vínculo com o Brasil e o objetivo da viagem, como recomenda Maurício Pivetta, gerente de treinamento da agência de intercâmbios Experimento. “Uma carta da empresa onde trabalha apontando seu período de férias, a carteira de trabalho, cartões de crédito e até o imposto de renda são algumas possibilidades”, explica o gerente da Experimento.
Além dos requisitos exigidos, vale levar outros documentos que comprovem seu vínculo com o Brasil e o objetivo da viagem, como recomenda Maurício Pivetta, gerente de treinamento da agência de intercâmbios Experimento. “Uma carta da empresa onde trabalha apontando seu período de férias, a carteira de trabalho, cartões de crédito e até o imposto de renda são algumas possibilidades”, explica o gerente da Experimento.
Segundo Pivetta, os agentes de imigração partem do princípio de que todo viajante veio para ficar, por isso não precisa se intimidar. “O oficial irá comparar os documentos que ele tem na mão com as suas respostas, perguntar o que você veio fazer no país, checar se as suas roupas e bagagem condizem com o objetivo da viagem”.
Vestimentas
A roupa escolhida também pode chamar a atenção dos agentes de imigração. Segundo a consultora de etiqueta e comissária de bordo por 25 anos, Sofia Rossi, quando se viaja a um país diferente é importante conhecer um pouco da cultura e como as pessoas se vestem.
A roupa escolhida também pode chamar a atenção dos agentes de imigração. Segundo a consultora de etiqueta e comissária de bordo por 25 anos, Sofia Rossi, quando se viaja a um país diferente é importante conhecer um pouco da cultura e como as pessoas se vestem.
“Não dá para usar uma roupa muito desleixada, mas também não precisa terno e gravata para viajar”, diz Sofia. “Uma vez vi um casal de aparência humilde, mas que o homem vestia terno, ser parado pelos agentes. O importante é não mentir.”
Se for deportado
No caso de o viajante não ser admitido no país, há o sério risco de ele ter prejuízo financeiro. As empresas e agências de viagens não são obrigadas a reembolsar os gastos com passagens aéreas e reservas de hotéis em caso de deportação.
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