sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Futuro garantido às crianças

 

Pais investem cada vez mais em planos privados para menores.

Do JC Online

Erika (D) e o marido fazem aportes mensais de R$ 100 nas contas de Matheus, 5, e Gabriela, 2. A irmã, Andréa, segue o exemplo. Quer permitir a David, 6 meses, fazer um intercâmbio  / Rodrigo Lobo/JC Imagem

Erika (D) e o marido fazem aportes mensais de R$ 100 nas contas de Matheus, 5, e Gabriela, 2. A irmã, Andréa, segue o exemplo. Quer permitir a David, 6 meses, fazer um intercâmbio

Rodrigo Lobo/JC Imagem

Garantir a formação dos filhos ou a inserção deles no mercado profissional. Esses são os motivos que fazem com que pais invistam cada vez mais em uma previdência privada visando o futuro das crianças. Em todo País, a arrecadação dos planos para pessoas menores de idade chegou a R$ 1,235 bilhão de janeiro a agosto deste ano, alta de 14,35% ante o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). A instituição, que reúne 74 sociedades seguradoras e 30 entidades abertas de previdência complementar, estima que o Nordeste seja responsável por cerca de 12% desse valor.

Essa alta generalizada é resultado de uma conjunção de fatores, como juros baixos, estabilidade econômica e mudança na pirâmide social, que causou a ascensão da classe média. Dos 11,1 milhões de planos contratados no País de janeiro a julho, cerca 7,58% (845.306) é para menores de 18 anos. Mas, de acordo com a Fenaprevi, a idade média dos beneficiários de planos voltados para jovens vem caindo, tornando-se mais comum fazer uma previdência para o filho assim que ele nasce.

É o caso das irmãs Andréa e Erika Becker. Ambas, de classe média, investiram desde cedo na previdência dos filhos. “Matheus tem cinco anos e Gabriela, dois. Desde que nasceram, eu e meu marido depositamos R$ 100 todo mês na previdência de cada um”, conta Erika, que é advogada. Ela diz que os valores são debitados automaticamente da conta dela e do marido. “Quero garantir o futuro do meu filho. Caso não seja necessário pagar uma faculdade, por exemplo, podemos dar um carro, proporcionar um intercâmbio”, diz Andréa, lembrando que seu filho David, que hoje tem seis meses, deve resgatar o valor aos 18 anos. Ela e o marido depositam mensalmente R$ 200. 
“Do ponto de vista jurídico, a única diferença entre a previdência privada para menores e a ‘normal’ é que o pai ou responsável será o titular. O jovem não poderá fazer o resgate por conta própria”, explica o advogado especializado em direito previdenciário Paulo Perazzo.

A recente queda da taxa básica de juros (Selic) de 8% para 7,5% – a menor da história – deve fazer as pessoas que têm planos de previdência privada, para menores ou não, abrirem o olho. “Como a base do cálculo de rendimento é a Selic, o cidadão deve procurar a instituição (onde tem previdência) e fazer novas simulações, já que não receberá tanto quanto antes”, alerta Paulo Perazzo. Para o advogado, restam duas opções para cobrir o déficit de rendimento: ou o contribuinte faz depósitos maiores, ou passa mais tempo depositando a mesma quantia.


Os três filhos do empresário José Lourenço de Sobral Neto também contam com previdência desde o nascimento. “Na minha juventude, a previdência não era tão eficiente. Quero que meus filhos tenham curso superior garantido”, afirma.
O total de aportes na previdência complementar foi de R$ 37,97 bilhões de janeiro a julho de 2012, com crescimento de 32% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Para a Fenaprevi, o cenário econômico faz as pessoas olharem mais para o longo prazo. No Brasil, nove operadoras têm planos direcionados para menores de 21 anos.
“Do ponto de vista jurídico, a única diferença entre a previdência privada para menores e a ‘normal’ é que o pai ou responsável será o titular. O jovem não poderá fazer o resgate por conta própria”, explica o advogado especializado em direito previdenciário Paulo Perazzo.

A recente queda da taxa básica de juros (Selic) de 8% para 7,5% – a menor da história – deve fazer as pessoas que têm planos de previdência privada, para menores ou não, abrirem o olho. “Como a base do cálculo de rendimento é a Selic, o cidadão deve procurar a instituição (onde tem previdência) e fazer novas simulações, já que não receberá tanto quanto antes”, alerta Paulo Perazzo. Para o advogado, restam duas opções para cobrir o déficit de rendimento: ou o contribuinte faz depósitos maiores, ou passa mais tempo depositando a mesma quantia.

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