Planejamento e foco em seus objetivos são essenciais para
quem quer viajar usando apenas milhas
Tatiana Gerasimenko, especial para o iG | 22/11/2011 07:21
Gostar de viajar todo mundo gosta. O problema, na maioria
das vezes, é ter dinheiro para isso. Estratégias inteligentes podem ajudar o
pretenso viajante a tornar realidade o sonho de explorar novas terras,
driblando a questão financeira. Uma das alternativas é aproveitar as promoções
de milhas aéreas oferecidas por operadoras de voo e cartão de crédito, e até
hotéis. Essesprogramas de fidelidade, como também são conhecidos, podem exibir
modelos diferentes, mas compartilham o mesmo princípio: o acúmulo de pontos, ou
milhas, que podem ser trocados por passagens – teoricamente gratuitas.
Criado em 1970, por empresas dos Estados Unidos, o sistema
de trocas é uma ótima opção para quem vive no ar, tanto em voos domésticos
quanto em internacionais. A quantidade de milhas acumuladas varia de acordo com
o trecho, o horário do voo e a época do ano.
Outra forma mais simples de obter esses pontos é fazendo
compras com um cartão de crédito que esteja vinculado a uma promoção desse
tipo. Praticamente, todas as operadoras de cartões do mercado fornecem um
produto com essa facilidade, e o melhor: sem qualquer custo adicional. Nesse
caso, o acumulo de milhas é mais demorado, mas existe a opção de gastá-las com
empresas diferentes – embora seja recomendável apostar apenas uma empresa
aérea.
“Já usei muitas vezes os programas de milhas dos cartões:
fui cinco vezes a Madri, três vezes para Nova York, uma para Paris e outra para
o Canadá, em 2007, onde fiquei sete meses por conta de um intercâmbio”, afirma
Sarah Ferrari, estudante de comunicação. “A dica é sempre usar o cartão de crédito
para fazer as compras, nunca o de débito”.
Poupe milhas com o planejamento
Um detalhe importante para os viajantes que pretendem
utilizar suas milhas: o planejamento da viagem. “Nas duas viagens que fiz à
Europa, fiz emissão dos tickets na última hora e tive de desembolsar o máximo
de pontos previsto”, afirma Henrique Martin, blogueiro de tecnologia e
empreendedor on-line. “É importante pensar com antecedência e, se possível,
emitir as passagens para destinos fora de temporada. As tarifas são bem mais
baixas também quando se trata de milhas.”
Tendo se tornado um especialista no assunto, Martin agora
organiza direitinho as informações para não cair em cilada. “Tudo fica melhor
quando é planejado com antecedência. Em dezembro de 2010 fui para Las Vegas com
a ideia fixa de passar o Ano Novo lá e emendar em uma feira de tecnologia.
Emiti as passagens por 50 mil milhas cada”, afirma. “A mesma passagem, retirada
em cima da hora, sairia por 60 milhas na classe econômica. Foram 20 mil de
economia com a ida e a volta.”
Além disso, muitas companhias reservam lugares especiais
para os usuários de milhas. A técnica permite um controle maior dos passageiros
e garante a maioria de “pagantes” em um voo, mas costuma dificultar a vida
daqueles que deixam a organização da viagem para a última hora, principalmente
quando as milhas estão para vencer.
Nesse caso, o melhor é conversar com a companhia aérea e
guardar todos os documentos possíveis – incluindo os protocolos gerados pelas
conversas. Caso não funcione, é possível acionar a Fundação de Defesa do
Consumidor (Procom) e emitir uma queixa. Vale lembrar que a reclamação não
garante a passagem – infelizmente.
Nem sempre é possível prever todas as situações. Mas vale
lembrar que o cancelamento da viagempode consumir milhas desnecessariamente.
Nesses casos específicos, o cliente deve pagar, em pontos, pelos “transtornos”
causados à operadora que oferece a promoção. O valor dependerá de quando foi
feito o cancelamento do voo – quanto mais em cima da hora, pior para o
passageiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário