Consumidor quer ser avisado quando limite de seu plano de telefonia estourar | |||||
Em resposta a uma enquete realizada pelo Idec, quase 98% dos internautas disseram que o alerta os ajudaria a controlar suas contas Abrir a fatura de telefone e quase cair para trás ao ver o valor astronômico da conta, muito acima do que se esperava . Quem nunca passou por isso pode se considerar uma pessoa de sorte! Para evitar essa surpresa desagradável, os consumidores gostariam de ser avisados pela operadora de telefonia quando estourassem o limite de minutos de seu plano. É o que mostra o resultado de uma enquete realizada pelo Idec, em que 97,8% dos internautas responderam que queriam ser informados e que o alerta ajudaria a controlar suas contas de telefone. A pergunta ficou no ar de 3 e 18 de novembro e somou 400 votos. O direito que os consumidores brasileiros almejam está a um passo de se tornar realidade para os norte-americanos. A Federal Communications Commission (FCC), agência que regula os serviços de telecomunicações nos Estados Unidos, quer obrigar as empresas a avisarem seus clientes que chegaram no limite de seus planos, tanto em serviços de comunicação de voz (serviços telefônicos, na maioria), quanto na transmissão de dados e texto, o que inclui a internet móvel. Para o Idec, seria interessante que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adotasse medida similar por aqui, já que, atualmente, as operadoras não disponibilizam nenhuma ferramenta para isso aos consumidores. "Os usuários ganhariam um mecanismo de controle, para que saibam quanto de fato estão gastando, e as cobranças indevidas poderiam diminuir", opina Guilherme Varella, advogado do Instituto. Varella aponta que o aviso também poderia trazer maior qualidade na prestação do serviço e mais satisfação aos usuários. "A medida seria de grande relevância, já que, além de caro, o segmento de telecomunicações é um dos mais reclamados nos Procons e órgãos de defesa do consumidor, como o Idec. As queixas contra empresas de telefonia, Internet e TV por assinatura somam quase 20% do total", ressalta o advogado. Preço "salgado" O resultado da enquete demonstra a preocupação dos consumidores com o custo dos serviços de telefonia no Brasil, um dos mais caros do mundo. Segundo uma pesquisa do Diálogo Regional sobre a Sociedade da Informação (Dirsi), o país tem o preço mais alto entre todos os latino-americanos, no que se refere à telefonia móvel. O serviço pré-pago, por exemplo, custa em média 45 dólares, cerca de 77 reais, por mês. Mas não apenas a telefonia, todo o setor de telecomunicações pesa muito no bolso dos brasileiros. De acordo com um levantamento de 2009 da Organização das Nações Unidas (ONU), a telefonia fixa consome 5,9% da renda per capita do país; a telefonia móvel, 7,5%; e a internet, 9,6% da renda dos consumidores. |
Uma pesquisa da empresa somatório com mais de 1,5 mil pessoas com idade entre 60 e 104 anos, mostrou que 81% são independentes, 56% leem jornais e revistas e 45% praticam atividades físicas. Vale registrar que a pesquisa foi encomendada por alguns dos grupos líderes de mercado, como Pão de Açúcar, Avon, Coca-Cola e outros, que estão atentos aos interesses de consumo desse público. Mas, enquanto outros segmentos se apressam em atender as necessidades dos mais longevos, o mercado de seguros ainda caminha a passos lentos. Apesar de as estatísticas confirmarem a tendência de envelhecimento da população nos últimos cinco anos, a faixa etária de 60 anos saltou de 9,6% para 11,4% -, poucos produtos de seguros foram desenvolvidos para esse público, especialmente no ramo de pessoas.
No caso do mais tradicional produto do rama, o segura de vida Individual, um dos obstáculos à expansão estava relacionado à ausência de uma tábua biométrica nacional. Até recentemente, para precificar os seguros de vida o mercado de seguros utilizava a tábua norte-americana, que contemplava uma expectativa de vida menor do que a dos brasileiros.
Como atuário e presidente da Comissão Atuarial da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Jair Lacerda conta que já havia percebido certa redução no índice de mortalidade no volume de sinistros. "Mas, como não tínhamos uma tábua que refletisse a nossa realidade, não havia a certeza se essa diminuição era efeito, por exemplo, de melhor subscrição",diz.
Ocorre que as tábuas são construídas, geralmente, com base nos índices de mortalidade e sobrevivência dos compradores deseguros e previdência. Nos Estados Unidos, esses produtos são vendidos para uma fatia maior da população, que inclui um grupo numeroso da classe média, enquanto que no Brasil, o público consumidor pertence às classes A e B, o que explica a defasagem entre as tábuas dos dois países.
A nova tábua nacional lançada em março, batizada de Experiência do Mercado Segurador Brasileiro (BR-EMS), aponta para uma expectativa de vida dos consumidores de seguros e previdência maior do que a média dos brasileiros. Para homens, a BR-EMS apurou uma expectativa de vida de 81,9 anos, enquanto que os dados do IBGE indicam o limite de 69,1 anos, resultando numa diferença de 12,8 anos. Entre as mulheres, a tábua apresenta uma expectativa de vida de 87,2 anos, 10,5 anos a mais do que aponta o IBGE.
Por enquanto, algumas seguradoras ainda se preparam para aplicar a nova tábua, mas a expectativa é que haja redução no preço dos seguros de vida. Jair Lacerda explica que o percentual exato de redução ainda não sabe, porque dependerá do modelo adotado em cada seguradora. Entretanto, pela lógica, ele calcula que, no caso de um seguro para vida inteira, quanto mais tempo a pessoa pagar, menor será o prêmio.
Embora os dados oficiais de faturamento do ramo de pessoas, de acordo com a Susep, evidenciem um crescimento expressivo,da ordem de R$ 43,8 bilhões em 2009, não representam a realidade de vendas do seguro de vida Individual, que faturou apenas R$ 836 milhões em prêmios nesse período. Ocorre que o resultado do ramo é composto pela arrecadação de produtos financeiros, como o VGBL, que faturou R$ 28 bilhões no ano passado, e do seguro prestamista, que somou R$ 2,7 bilhões em prêmios nesse período,impulsionado pela oferta de crédito no País.
De acordo o presidente do Conselho da Mongeral Aegon, Nilton Molina, a seguro de vida individual sofre de uma "deformação" técnica, causada pelas apólices abertas nos seguros de vida em Grupo. Esse tipo de seguro,que surgiu como uma solução criativa na época , da inflação, ainda hoje é vendido como se fosse seguro de vida Individual, mas pelo sistema de repartição simples, sem a devida formação de reserva para o resgate. O resultado é que os preços dos seguros de vida individual se tornaram proibitivos, sobretudo para o público com maior expectativa de vida.
Mas, se por um lado a longevidade dos brasileiros aumentou e o ramo de seguro de pessoas cresceu, por outro, os produtos de vida não evoluíram no mesmo compasso. "A carteira de vida continua sem grandes revoluções. Não houve um trabalho de gerenciamento, por exemplo, para ocupar os espaços deixados pela seguridade social", diz Ronald Kaufmann, diretor da Scor Global Life, quinta maior resseguradora do mundo. Ele também observa que a maior parte dos seguros de vida comercializados é de curto prazo."Não existem produtos que possam se ajustar às necessidades das pessoas ao longo da vida."Esta questão, porém, há muito tempo se tornou fundamental.