quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quando investir na previdência pública

Revista Época/BR
Domingo, 05 de junho de 2011

Não me programei para ter uma vida financeira tranquila na velhice. E isso está me preocupando muito no momento. Já estou com 55 anos e nunca contribuí para a Previdência. Há algum investimento possível para que eu chegue aos 65 com um complemento que me permita ter um pouco de tranquilidade daqui para a frente. 
Luís Felipe


Não há no mercado privado nenhum plano que seja mais completo que o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além de aposentadoria, ele oferece pensão para dependentes em caso de morte, cobertura no caso de invalidez por acidentes e por doença, auxílio-doença e muitos outros benefícios. Por mais que algumas regras tenham mudado e prejudicado os contribuintes, até hoje ainda não surgiu um plano que supere o do INSS. Por isso, eu contribuiria imediatamente com o INSS sobre o limite máximo de R$ 3.689 (teto). Só depois disso, faria previdência privada ou outro tipo de investimento financeiro.
Estou pensando em investir na compra de uma sala comercial de pequeno ou médio porte e ganhar dinheiro com a locação. Os valores comprometidos na compra são menores que os de um imóvel residencial e o retorno com o aluguel geralmente é maior que 1%. Quais são as vantagens e desvantagens desse tipo de investimento? Guilherme
Pequenas salas comerciais exigem pouca manutenção e costumam gerar um bom rendimento enquanto estiverem novas. Com o passar dos anos, porém, aquilo que hoje é bonito e sofisticado torna-se velho e ultrapassado. Quanto mais luxuoso for o prédio, maior será a depreciação. Percebo também que esse tipo de investimento é cíclico: há momentos no mercado em que faltam salas comerciais e os aluguéis disparam. Em seguida, surgem vários lançamentos, o mercado é abastecido e geralmente começam a sobrar salas, congelando os preços. A dica é comprar barato de alguém que precisa vender rápido ou comprar nos momentos de baixa do mercado. Alternativas para você pensar: pequenas lojas comerciais e galpões. Ou então investir em fundos imobiliários e terrenos que tenham vocação comercial.


Tenho 21 anos e faço engenharia. Há um ano e meio investi R$ 5 mil em ações. Perdi 70% do meu capital. Atualmente consigo juntar R$ 400 por mês. Estava pensando em mudar o foco para o Tesouro Direto. Gustavo
Ainda bem que você só tem 21 anos e já aprendeu uma lição que alguns outros investidores demoram muito a aprender. Investir em ações pode ser muito lucrativo, mas você precisa estar preparado para perder. Existem vários estilos de investimentos e quem começa a estudá-los costuma entrar em contradição. Ora segue uma tática, ora segue outra completamente diferente e acaba se arrependendo. Em seu lugar, pensaria em priorizar o investimento em Tesouro Direto. Mas também insistiria em investir gradualmente, até atingir 50% do capital, num fundo de ações com taxa de administração reduzida. Você é jovem e deve aproveitar os rendimentos das ações que, no longo prazo, continuam remunerando muito bem seus fiéis seguidores. 

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