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Desastres naturais precisam de contrato adicional, que costuma ser mais caro
Thais Folego
Moradores e empresários da região de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis não devem contar coma indenização de seus seguros para reconstruir parte do patrimônio.
Ainda não há um levantamento preciso sobre a cobertura de seguros na região serrana do Rio de Janeiro, mas as seguradoras afirmam que, ao contrário dos contratos para automóveis, a cobertura para alagamentos e desmoronamentos residenciais ou comerciais é adicional, e deve ser contratada separadamente. "Essas coberturas acessórias têm uma adesão menor por pequenas e médias empresas, pois têm um custo mais alto quando comparado à cobertura patrimonial básica", diz Paulo Umeki, diretor de produtos da seguradora X.
Para indústria e comércio de pequeno e médio porte, perfil da maioria das empresas da região serrana, as seguradoras normalmente fazem pacotes para facilitar a contratação. As apólices variam um pouco, mas as coberturas básicas patrimoniais cobrem incêndio, queda de raios e explosão. "Não são todos os pacotes que disponibilizam cobertura para alagamento, desmoronamento, dano elétrico, vendaval e roubo de bens. Elas normalmente têm que ser negociadas", diz Laur Diuri, diretor executivo de sinistro da seguradora X.
Segundo Umeki, da Liberty, para uma apólice com valor segurado de R$ 300 mil, por exemplo, a cobertura de alagamento custaria, em média, entre R$ 3 mil e R$ 4 mil por ano. "É um valor alto se comparado às demais coberturas, que saem por cerca de R$ 800 por ano." No caso de empresas, são colocados na apólice estoque, máquinas e equipamentos e prédio.
Promessa de agilidade O Sindicato dos Corretores do Rio de Janeiro (Sincor-RJ) está fazendo um levantamento de quantas apólices de pessoas jurídicas há na região serrana, que deve ficar pronto ainda esta semana.
Henrique Brandão, presidente do Sincor-RJ, diz que há acordos com seguradoras para que o pagamento das indenizações seja feito mais rápido para as vítimas da região. "O processo normalmente leva um mês e meio. Estamos negociando para que o pagamento seja feito em 10 dias", diz Brandão.
Em casos de desastres grandes e localizados, as seguradoras enviam peritos para e região e, em alguns casos, facilitam a documentação para agilizar o pagamento. "No caso de veículos vamos indenizar os carros, independentemente de acharmos o veículo, como fizemos em Blumenau", diz Luiz Francisco Campos", diretor de serviços da Liberty. Ele afirma que, em casos de perda total para baixo valor segurado, as indenizações saem mais rápido. Para perdas parciais de valores altos de indenizações, há necessidade de maiores avaliações.
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Coberturas básicas patrimoniais cobrem apenas incêndio, queda de raios e explosão
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