terça-feira, 6 de setembro de 2011

Estado de São Paulo 105 mil veículos foram levados por ladrões nos sete primeiros meses do ano


Números da Secretaria de Segurança mostram que, no estado, 105 mil veículos foram levados por ladrões nos sete primeiros meses do ano.

Em São Paulo, o risco de ter o carro roubado tem aumentado o preço dos seguros, mas os custos de consertos em caso de acidentes também.

Proteger o patrimônio é uma preocupação de quem tem carro. “Eu faço seguro para não ter dor de cabeça. Você não sabe o que pode acontecer, não depende só de você”, avisa o comissário de voo Emanuel Santos.

Números da Secretaria de Segurança mostram que no estado de São Paulo 105 mil veículos foram levados por ladrões nos sete primeiros meses do ano, quase metade só na capital. O número de roubos e furtos subiu 5% este ano.

O empresário Galdino Góes acabou de se mudar para a capital. Avisou a seguradora e ficou surpreso ao saber que deveria pagar uma diferença de R$ 855 depois de calculado o risco do novo endereço. O seguro ficou 60% mais caro.

“Se fosse um valor de 10%, coisa do tipo, pelo risco... mas é um valor muito alto, que não justifica esse tipo de coisa, do meu ponto de vista”, opina Galdino.

Os valores variam até dentro da própria cidade. Morar ou trabalhar em bairros localizados perto de acessos para rodovias em geral sai caro porque essas regiões são consideradas rota de fuga. As seguradoras avaliam pelo menos três itens.

“O mesmo carro tem um preço diferente porque a utilização dele pode ser diferente, o condutor dele pode ser diferente e o local de risco onde ele está exposto pode ser diferente”, explica Mário Sérgio Santos, do Sindicato de Corretores de Seguro de São Paulo.

O risco em São Paulo é alto, e mesmo quem nunca precisou usar o seguro paga o preço de morar em uma cidade onde o índice de roubo de carros é elevado. Com a economia aquecida, outros fatores importantes têm influenciado os custos. Eles são computados dentro da oficina mecânica.

“Uma boa parcela dos prejuízos que são gerados no seguro são para o conserto dos veículos. Então, com o aumento das peças o seguro também é afetado. O aumento do custo da mão de obra também pesou”, aponta Maurício Galian, presidente da comissão de automóvel da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg).

Muita gente já percebeu. “Fiz a renovação mês passado e aumentou o seguro”, diz o taxista João Faria.

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